Você é um influenciador digital “pequeno”? Saiba como isso pode ser ótimo!
Provavelmente todo influenciador digital quer ser conhecido como um “grande” influenciador. Ter grandes quantidades de seguidores, inscritos, milhares ou milhões de visualizações em seus vídeos e uma multidão que te siga para todos os lados. Mas e se te dissermos que pode ser muito lucrativo para você se manter como médio ou até um pequeno influenciador digital?
Como assim, você pergunta. E nós vamos te contar, calma.
Primeiro, queremos te contar por que colocamos entre aspas “grande” e “pequeno”. A quantidade de seguidores não determina se você é “grande” do ponto de vista de valor. Seu conteúdo pode ser de enorme valor mesmo que você não tenha ainda nenhum seguidor ou inscrito. Ao passo que existem muitos canais com grande audiência e que na realidade têm um valor “pequeno” em seu conteúdo.
Portanto, quando falamos em grande ou pequeno, não nos referimos à grandeza de um canal, do ponto de vista de valor e sim do ponto de vista de audiência, certo? Então, cada vez que você ler aqui “grande” entenda que nos referimos unicamente ao tamanho da audiência. Bem, agora, com isso esclarecido, vamos lá.
Ter um canal pequeno e ainda assim ser lucrativo
Nós já comentamos em outros artigos sobre formas de você ganhar dinheiro mesmo tendo poucos inscritos. E você deve saber (spoiler alert!) que não precisa ter milhões de inscritos ou seguidores para ganhar dinheiro e viver como influenciador.
O fator que é chave para que você ganhe dinheiro, mesmo tendo um canal pequeno ou médio é seu poder de influenciar as pessoas. E curiosamente, algo que acontece muito principalmente no YouTube é que com o passar do tempo e do crescimento de um canal, seu poder de engajamento vai caindo. O que? Você não acredita? Então faça você mesmo essa análise:
- Escolha dois canais de um certo nicho (games, culinária, financeiro, etc).
- Um deles deve ter 1 milhão de inscritos, no mínimo.
- O outro deve ter 50 mil inscritos até no máximo 100 mil inscritos.
Lembre-se de procurar canais que estejam ativos e postando vídeos sempre. Além disso, que os dois canais sejam canais que tenham boa audiência. Agora, compare a proporção de visualizações, curtidas e comentários entre eles. Vamos dar um modelo:
- O canal A tem 1 milhão de inscritos. Em média, cada vídeo recente do canal recebe cerca de 100 mil visualizações.
- O canal B tem 100 mil inscritos. E em média, cada vídeo recente recebe cerca de 50 mil visualizações.
Aí você pode dizer ao ver isso: “Claro, aí está, o canal maior tem mais visualizações.” Sim, é verdade, porém pense agora na proporção do engajamento. O Canal A tem 10% da quantidade de inscritos assistindo aos vídeos. Claro, quem vê os vídeos não é necessariamente inscrito, mas como proporção iremos assumir que sim.
E quanto ao canal B? No exemplo acima, ele tem em média, 50% da quantidade de inscritos vendo os vídeos recentes. Percebeu? O canal B, que é 10 vezes menor que o canal A possui uma métrica de engajamento superior, em proporção.
Mas não é melhor ter mais visualizações? Claro, porém algo que para os anunciantes é importante é saber que seu anúncio vai vender, vai gerar resultado. E claro, se um anunciante consegue bons resultados em campanha, gastando menos, ele com certeza voltará a anunciar.
O poder dos canais menores
O poder dos canais menores, dos influenciadores digitais médios e até alguns pequenos influenciadores é que o público deles é muito, muito fiel. Portanto, o poder de influência deles é grande. Seus seguidores torcem por ele, querem que ele se torne “grande”. E acreditam nele. O poder de convencimento é muito maior.
Agora pensemos em números. Um canal com 1 milhão de inscritos pode cobrar valores muito variados para uma campanha, porém os valores muitas vezes giram entre R$3.000 a R$6.000 para mais. Por outro lado, um canal com 100 mil inscritos pode cobrar pela mesma campanha valores entre R$1.500 a R$3.000 ou mais, dependendo do nicho e da audiência. Obviamente, esses números que estamos colocando aqui são quase especulativos, apesar de que se baseiam em muitas campanhas em que já estivemos envolvidos.
Se você analisar o custo, comparando os dois canais, vai ver que R$3.000 divido por 100 mil visualizações dá R$0,03 e o mesmo acontece se dividirmos 50 mil visualizações por R$1.500, dá R$0,03 centavos. Em proporção o custo é o mesmo, nesse exemplo aqui, específico.
Bom, mas se o custo é o mesmo, o que mais devemos analisar?
Veja a quantidade de curtidas e comentários. Faça a mesma conta, divida o número de visualizações pelo de comentários primeiro em alguns vídeos do canal A e depois do canal B. Em seguida faça o mesmo com as curtidas. Então verifique em proporção, qual canal tem mais engajamento? Vamos fazer uma simulação completa aqui:
Analisando canais
Canal A
Inscritos: 1 milhão
Média de visualização por vídeo: 100 mil
Média de likes por vídeo: 5 mil
Média de comentários: 1.000
Valor por campanha: R$3.000
Custo médio por visualização: R$0,03 (visualizações divido pelo valor cobrado)
Média de likes: para cada 20 visualizações, o vídeo recebe um like.
Média de comentários: para cada 100 visualizações o vídeo recebe um comentário.
Canal B
Inscritos: 100 mil
Média de visualização por vídeo: 50 mil
Média de likes por vídeo: 1.500 mil
Média de comentários: 700
Valor por campanha: R$1.500
Custo médio por visualização: R$0,03 (visualizações divido pelo valor cobrado)
Média de likes: para cada 33 visualizações, o vídeo recebe um like.
Média de comentários: para cada 71 visualizações o vídeo recebe um comentário.
Resultado: os dois canais custariam o mesmo, considerando visualizações conseguidas. A média de likes do canal A é bem melhor, porém a de comentários do canal B é superior sendo 30% a mais, em proporção. Em qual dos canais você anunciaria seu produto?
Bem, um anunciante pode ir pelo número de visualizações e escolher o canal com público maior. Um outro pode levar em conta que para que alguém se disponha a comentar em um vídeo, a pessoa realmente teve interesse em gastar seu tempo nele.
Comentários em um vídeo tem um peso enorme. Mas para que um anunciante pudesse saber mesmo qual o melhor canal para anunciar, ele precisaria fazer um anúncio em cada canal e medir os resultados.
De qualquer forma, esse exemplo mostrou que um canal “médio” pode fazer frente a um canal “grande”. E se o canal B do exemplo cobrasse um pouco menos, por exemplo, R$1.200, a balança poderia ir para seu lado, pois o custo médio por visualização cairia para R$0,02.
E novamente, deixamos claro que os números acima são algo que já vimos em canais. Você, em sua análise vai ver que os números variam muito. Em alguns casos, anunciar com um canal menor em público pode ser excelente, em outras o canal com mais público vale mais a pena.
O que mostramos aqui é que um canal não precisa ser “grande” para ser competitivo, do ponto de vista dos anunciantes.
Mais e se meu canal tiver menos público?
Bem, o sucesso com os anunciantes vai depender nesse caso do engajamento que você conseguir com a quantidade de visualizações que tiver em média por vídeo. Lembre-se que o anunciante paga você porque ele quer vender seu produto. Não é por ele ter te achado bonito ou bonita, gostou dos seus vídeos ou coisas assim. Ele quer resultados comerciais com a campanha.
Então, se seus vídeos tiverem 5 a 10 mil visualizações, porém uma alta taxa de engajamento, com muitos likes e muitos comentários, isso pode indicar que seu público se importa com seu conteúdo e por isso, você tem poder de influência bom. Agora, falta que você cobre um valor adequado, nada de pedir preços de canais “grandes” porque você vai apenas se frustrar. Pelo preço certo, você tem chances de conseguir seu tão sonhado primeiro contrato publicitário!
Se quiser, use as contas que mostramos mais acima, apenas usando os seus números. Se suas médias forem boas, então vá com tudo!
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