YouTube muda novamente regras do Adsense: nossa opinião

Recentemente, a maior plataforma de vídeos do planeta anunciou novas regras (de novo) para que os criadores de conteúdo pudessem ganhar algo com anúncios internos que o YouTube pode inserir nos vídeos, chamado de Adsense (o sistema de monetização do Google).

 

Antes de mais nada, se você quer ler na íntegra sobre a nova posição do Youtube, você pode ler (em inglês) neste link.  Vamos colocar aqui, traduzido, um trecho do artigo:

A partir de hoje, estamos alterando o requisito de elegibilidade para a monetização para 4.000 horas de horário de atendimento nos últimos 12 meses e 1.000 assinantes. Chegamos a esses novos limiares após análises detalhadas e conversas com criadores como você. Eles nos permitirão melhorar significativamente a nossa capacidade de identificar criadores que contribuam positivamente para a comunidade e ajudem a gerar mais receita de publicidade para eles (e longe de atores ruins). Esses padrões mais elevados também nos ajudarão a evitar que os vídeos potencialmente inapropriados sejam monetizados, o que pode afetar as receitas para todos.

TÁ, MAS MEU CANAL VAI SOFRER ALGUMA COISA?

Depende.  Vejamos como na prática isso vai afetar a milhares de canais:

Canais novos: desde abril de 2017, para que um canal pudesse começar a juntar dinheiro do Adsense em seus vídeos, ele teria que juntar primeiro 10 mil visualizações totais. Algo que pra quem começa parece muito, mas é totalmente fácil de se atingir, se você posta vídeos regularmente e recebe visitas. Mas como se pode ler no artigo do YouTube, eles viram que era necessário um rigor maior para “melhorar o conteúdo”.

Agora, é necessário pelo menos duas coisas: ter mil inscritos no mínimo e também atingir 4 mil horas de visualização durante um ano (o ano mais recente). Para se ter ideia, é como ter 20 mil minutos de vídeo assistidos por mês (240 mil minutos por ano), apenas para facilitar suas contas, já que o YouTube em sua plataforma conta em minutos e não em horas.

Canais inativos: por motivos óbvios, canais que não tem frequência de postagem ou que ficaram abandonados, sem conteúdo, não serão monetizados, mesmo que já tenham histórico de visualizações e milhões de inscritos. Lembre-se que é necessário uma média de 240 mil minutos totais NO ÚLTIMO ANO. Então mesmo que seu canal tiver milhões de minutos assistidos, se nos últimos 365 dias a média caiu, seu canal já não se enquadra na nova política do YouTube.

ESSA TÁTICA REALMENTE IRÁ ATINGIR QUEM FAZ CONTEÚDO RUIM?

Sim e não. Se nos argumentos do YouTube está o de “fazer uma comunidade melhor” e essas coisas, precisamos entender o que, para o YouTube, é “conteúdo ruim”. Existem centenas de canais com enorme audiência que produzem conteúdo idiotizado (ou até nenhum conteúdo) e recebem muitos milhares de dólares mensalmente. A culpa é claro, vem principalmente de quem vê esse tipo de conteúdo e diz muito sobre o público em geral.

Spammers serão mesmo detidos com essa nova política? Veja só, atualmente um canal “pequeno” com conteúdo spammer (cheio de propagandas ou informação falsa ou plagiada no entender da plataforma) já não ganha em Adsense o suficiente para justificar a manutenção do canal. Tornar a regra mais dura para os canais “pequenos” não irá afastar quem ganha dinheiro com conteúdo plagiado por exemplo, pois esses canais já tem audiência e visualizações suficientes para se enquadrarem nas novas políticas. Pra eles, essa regra nova não muda absolutamente nada.

Quem faz conteúdo lixo irá ser detido com essa nova política? Quem estiver começando e fizer conteúdo “lixo” (idiotizado) pode ser. Mas quem já ganha com Adsense por já ter um canal bem estabelecido não. Esses canais canais poderão estar “livres e soltos” criando vídeos ruins sem nenhum problema.

Acreditamos que essa nova política em si, é bem intencionada, porém servirá unicamente para desanimar quem está começando. É como se o YouTube pensasse assim:

“já temos muitos canais sendo feitos todos os dias, com tantos canais no ar cada vez mais precisamos de servidores maiores e melhores. Melhor dar um jeito de diminuir a quantidade de canais criados por ano e assim “tirar o nosso da reta.” “

A estrutura para manter o YouTube vivo é cada vez mais cara, afinal são milhões de vídeos acumulados todo dia. Se a plataforma tivesse mais canais rentáveis e menos canais “amadores” isso significaria não só uma economia mas um lucro ainda mais grande .

Criar um canal “apenas por diversão” não é interessante para o Youtube. Fazer aquele vídeo vergonhoso de churrasco em família é divertido, mas não mais para o YouTube. E quem sabe se a tendência seja cada vez mais “elitizar” a plataforma, para canais seletos.

Quem sabe um nome mais apropriado para plataforma atualmente seja “Someonetube” (alguém no tubo) em lugar de YouTube (você no tubo).

AINDA DÁ PRA GANHAR DINHEIRO NO YOUTUBE?

Sim! A palavra chave agora é PERSISTÊNCIA. Não se deve desistir, se seu sonho é se tornar um influenciador digital. Se você acredita no seu conteúdo e gosta dele, então não deve se preocupar com o dinheiro do Adsense e sim principalmente com sua audiência, com que vê seus vídeos.

Com o tempo e dedicação seu canal poderá ser analisado para voltar a receber do YouTube. Além do Adsense existem outras formas de ganhar dinheiro com seu canal, mas isso falaremos em outro artigo.

Quer ajuda para seu canal? CLIQUE AQUI.

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