A queda dos “grandes” Youtubers explicada.

Iguatu – CE- Então você começou a produzir conteúdo para os meios digitais, muitas pessoas começaram a acompanhar seu trabalho e a te seguir. Com o tempo, você foi ficando cada vez mais conhecido dentro do tema que você aborda e agora já é um influenciador digital.

Agora, já conhecido, você começa a receber propostas de anunciantes, convites para eventos, faz inclusive, participações na TV e outros meios. E então, nesse ponto de sua carreira como influenciador digital, você percebe que é “importante”. É aí que pode começar o início do fracasso.

Você se acostumou a cobrar altos valores para anunciar produtos, participar de eventos, fazer comerciais e aparições nos meios de comunicação em geral. Afinal, seu canal tem muita audiência! Mas aí acontece o seguinte:

Por um motivo ou outro (não vamos mencionar nesse artigo), seu canal começa a perder audiência. Dos anteriores milhões de visualizações, agora seu canal amarga cada vez menos visualizações, menos comentários.
Para que você que está lendo esse texto possa ter uma visão mais completa do que queremos dizer aqui, vamos criar um personagem para ilustrar. Pensemos no youtuber X. Ele tem 5 milhões de inscritos e é gamer, já tem um bom tempo que ele tem seu canal, e ele já participou de grandes eventos, ainda participa, onde seus fãs ainda querem tirar fotos, abraçar, etc.

Apesar disso, o youtuber X, mesmo com seus 5 milhões de inscritos, atualmente tem uma média de visualizações por vídeo, de “apenas” 150 mil visualizações. Pode parecer muito, mas se comparado aos milhões de inscritos, vemos que a imensa maioria não acompanha mais o canal, principalmente quando comparamos a muitos outros youtubers, que possuem 100 ou 200 mil inscritos e conseguem a mesma audiência nos vídeos, um aproveitamento de audiência de mais de 100% por cento.

Bem, o que acontece é que mesmo com a audiência tendo diminuído brutalmente, o youtuber X se recusa a adaptar os valores que cobra para fazer suas promoções, afinal, ele ainda é o “grande youtuber X”, um dos maiores do Brasil e blá blá blá. Ele sente que, se ele abaixa seus preços, ele estará se rebaixando e isso “é coisa de perdedores”. Então ele mantêm seus preços. Mas, ele não leva em conta algo.

Os anunciantes já não pensam como antes…

Pois é. Os anunciantes antigamente simplesmente escolhiam com qual influenciador iam anunciar levando em conta quantos seguidores ele tinha. Era muito mais simples: se uma empresa de games quer anunciar, é só procurar um youtuber com muitos inscritos e pronto!

Apesar que ainda existem anunciantes que pensam assim, eles estão em extinção. Cada vez mais as empresas que querem anunciar no YouTube e outras mídias sociais levam em conta várias coisas. Ter muitos inscritos é apenas uma delas.

Uma das coisas que um anunciante mais procura ao escolher um influenciador para sua companha de marketing, é o alcance dessa campanha. Ou seja, quantas pessoas, irão ver o anúncio, com potencial para comprar o produto? Ele já supoe que o público do influenciador é o público correto para oferecer seu produto. Mas o fato de um influenciador contar com “milhões de inscritos” não significa absolutamente NADA se no vídeo onde acontecerá o anúncio, apenas uma minúscula fração desses inscritos vão ver o anúncio.

Enquanto isso…

Os influenciadores que estão em pleno crescimento em suas plataformas tem uma enorme oportunidade. Eles ainda não têm milhões de inscritos, mas seus vídeos conseguem quase o mesmo número de visualizações, ou mais, que muitos youtubers com milhões de inscritos.

Se você prestar atenção, vai ver que no YouTube atualmente vários canais com 100, 200 mil inscritos já atingem mais de 100 mil visualizações, ou muito mais. E como esse pessoal sabe que ainda não é “uma super estrela”, eles ainda cobram preços bem razoáveis. E os anunciantes estão descobrindo isso, cada vez mais.

E agora, José?

O que acontece é que, o youtuber X vai continuar a recusar ofertas, achando que com isso ele está se valorizando. E com isso vai continuar a deixar, literalmente, milhares de reais “na mesa” por ano.

Pense no seguinte: se você tivesse um canal com milhões de inscritos, mas que já não tem a audiência de antes, apesar de produzir conteúdo todo dia, você cederia e diminuiria o valor que cobra com anúncios para não perder oportunidades?

Vamos voltar a analisar o youtuber X. Ele produz um vídeo diário, de mais ou menos 10 minutos de duração. Para anunciar no canal dele, uma menção em um vídeo custa R$4.000,00. No entanto, ele está enfrentando muita dificuldade para conseguir anunciantes, pelo menos os que queiram pagar esse valor.

No entanto, o canal do youtuber X recebe propostas todos os dias. De pessoas que propoem pagar por uma menção em vídeo por exemplo, R$1.000,00. Um quarto do valor “oficial” do youtuber. Ele acha isso um insulto ao seu talento e recusa.
Em um mês, esse youtuber já recusou mais de 10 propostas assim, porque todas não estavam no tamanho da “grandeza” de seu canal. Se você prestar atenção, estamos falando que ele deixou de ganhar R$10.000,00 em um mês!
Ao mesmo tempo, o youtuber X reclama que “quase não aparecem anunciantes” e prefere ignorar oportunidades que pagam menos.

O que vai acontecer com o youtuber X?

Existem algumas possibilidades: ele pode esperar que sua audiência volte a subir, e assim ele tenha motivos para cobrar o valor que ele quer. Isso de vez em quando acontece, mas é difícil, porque nem sempre esse youtuber sabe o motivo de sua audiência ter caído, então, fica difícil pra ele saber como melhorar essa situação.
Outra possibilidade: ele vai amargar uma queda cada vez maior em seu canal, até ser obrigado, por ele mesmo, a viver apenas com o que o YouTube lhe paga com anúncios do Adsense.
Ainda outra: ele vai se decepcionar, vai culpar qualquer outra pessoa ou coisa (YouTube, editores, o clima, o governo, etc) menos ele mesmo pelo fracasso e vai DESISTIR do seu canal.

Isso parece trágico, e é, de certa forma. E acontece o tempo todo. Veja agora mesmo no YouTube a quantidade de canais com milhões de inscritos que foram simplesmente abandonados por seus donos. Entre vários motivos que levaram ao fim de conteúdo novo nesses canais, estão os que comentamos acima.

Enquanto isso, o mercado vai evoluindo, ficando mais exigente, pedindo mais resultados. Quem não se adaptar, vai sair dele.
Dessa forma, por um lado, vemos canais que são considerados “medianos”, lucrarem mais que canais com milhões de inscritos. E merecidamente.

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